
Com a falência quase absoluta de nosso sistema produtivo hidrelétrico, talvez tenhamos, até nas terras produtivas do oeste, um novo tipo de produtor rural: o fazendeiro da energia. Em Mansidão já estão em desenvolvimento projetos de energia eólica. Outro detalhe importante: as fazendas de energia eólica e fotovoltaica produzem mais, nas altitudes de 100, 120 e 150 metros durante os meses de seca, quando é mais necessária. Os constantes ventos do sudeste, que hoje são conhecidos como “Vento da Fome” podem se tornar no “Vento da Prosperidade”, com criação de empregos, impostos e agregar valor às extensas terras do Oeste.
Com o adensamento da cadeia produtiva na Bahia, minorando os custos de instalação de aerogeradores, é bem possível que em um curto espaço de tempo até terras produtivas, principalmente aquelas das falésias do leste, possam ser ocupadas por energia eólica e fotovoltaica.
No Parque Nacional Joshua Tree, próximo a Los Angeles, 4.000 hectares de terras públicas administradas pelo Bureau Federal de Gestão da Terra (BLM, na sigla em inglês) estão sendo ocupadas por células fotovoltaicas que produzirão 550 megawatts, tornando-se a fazenda solar mais poderosa do mundo.
Mais à frente, no Deserto do Mojave, o projeto McCoy ocupa 7.700 hectares de terras públicas e 470 hectares de terras privadas com energia solar que produzirá 750 megawatts. Ocotillo, por exemplo, abrange 12.436 hectares à beira do Parque Estadual do deserto Anza-Borrego, perto da fronteira com o México e produz 315 megawatts de energia.
