Vamos botar as barbas de molho? São Paulo terá racionamento duríssimo.

Se reduzir a pressão da água não for suficiente e as chuvas esperadas também não vierem, o governo de São Paulo disse que pode tomar medidas mais drásticas. Na terça-feira (27), pela primeira vez, desde o comeco da crise hídrica, a Sabesp declarou que pode adotar um sistema de rodízio de água.

“Se for necessário, para não chegar no zero, na represa, zero, não ter mais água nenhuma para distribuir, lá no limite, está certo? Se as obras não avançarem na velocidade que nós estamos planejando, aí podemos correr esse risco de um rodizio drástico. Precisaria de um rodizio de dois dias com água por cinco dias sem água”, diz Paulo Massato, diretor metropolitano da Sabesp.

O presidente da Sabesp disse que a empresa ainda estuda como será o racionamento, caso seja necessário. “Não definimos nem que vai ter racionamento nem a data eventual disso, muito menos, nem qual o modelo de racionamento. É claro que estamos torcendo para que isso não chegue a essa situação”, declara Jerson Kelman, presidente da Sabesp.

Para os oestinos que percebem a poluição agressiva de seus rios e aquíferos, não é hora de adotar medidas preventivas? Com mais dois anos de poucas chuvas como 2013/2014 e 2014/2015 rios como o de Ondas, Branco, Preto e o próprio Rio Grande se tornarão fios de água nem sempre de boa qualidade. A prospecção do gás de xisto e, em caso positivo, a exploração, poderão contaminar definitivamente o Aquífero Urucuia, o maior genuinamente brasileiro.

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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