Já são 13 os delatores no processo originado na Operação Lava Jato. Nós que esperávamos o surgimento de novos personagens inspirados por Tiradentes, estamos conhecendo cada vez mais exemplos esculpidos em carrara de Joaquim Silvério dos Reis.
Houve um tempo em que para fazer parte da função pública, os escolhidos precisavam comprovar vida ilibada. Hoje, quanto mais desonesto, parece melhor. Basta angariar alguns votinhos entre o populacho ignaro e o canalha já se torna preferido para um cargo público. Mesmo, e parece que principalmente, continue sua vida de trapaças, mal havidos e espoliação do patrimônio público.
É por isso que tem gente que não quer nem ouvir falar em política. Como já dizia Ruy Barbosa, “de tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto.”

