
Empresários vão à imprensa para dizer que o País pode enfrentar forte recessão. É a chamada “estagflação”, combinação ardida de inflação com estagnação econômica. Para quem se lembra dos últimos quatro anos do período FHC, isso é fácil de entender. Ajuste fiscal, contenção de gastos e investimentos, desemprego. As rodovias viraram superfícies lunares.
Em 2002, trafegava diariamente pela BR 158: era um buraco só. Muitas vezes perdi o protetor do cárter, quebrei a bomba de óleo, rebentei a suspensão do carro. Na última vez precisei de uma solda no monobloco do carro, rachado desde a lateral até o túnel central.
Trinta dias depois de assumir, em janeiro de 2003, com o dólar beirando R$3,80, Lula fechou contratos de 5 anos para manutenção das rodovias, que se tornaram tapetes. Eram os dias de “Fora FHC”, criados pelo PT.
Doze anos depois, o PT tem que encarar com bom humor o “Fora Dilma”. É típico dos regimes democráticos o povo nas ruas.
Com ditadura, todo mundo se fecha em casa, não abre a boca e fica esperando a tempestade passar. E ela sempre passa.

