
No curso da investigação do acidente da Germanwings, as autoridades estão chegando a conclusão de que o co-piloto do trágico voo era uma verdadeira bomba psicossomática, prestes a explodir. Imagine que isso aconteceu num dos países mais organizados e desenvolvidos em medicina do mundo, a Alemanha.
Como não será no terceiro mundo, não só com pilotos, mas com outros meios de transporte, como ônibus e embarcações? É de se temer uma avaliação médica de caminhoneiros, por exemplo, que trafegam em nossas rodovias e colocam a vida de quem se desloca por estrada em constante perigo.
Relatos da imprensa internacional apontam problemas enfrentados pelo copiloto que podem ter sido um fator na queda do avião.
Segundo o jornal francês “Le Parisien”, Andreas Lubitz, de 27 anos, sofria de transtorno de ansiedade generalizada (TAG).
Os médicos que o atenderam em 2010 aplicaram injeções de olanzapina, que tem efeito antipsicótico, e recomendaram que Lubitz praticasse esportes para recuperar a autoconfiança.
Lubitz também aparentava ter problemas com o sono, para o qual foi recomendado a usar o antidepressivo agomelatina.
A promotoria de Düsseldorf informou nesta sexta-feira (27) que encontrou documentos médicos “que apontam uma doença e o tratamento médico correspondente” na casa de Lubitz, em Düsseldorf, e na de seus pais, na cidade alemã de Montabaur.
O site do jornal alemão “Die Welt” informou na semana passada que agentes da polícia acharam vários remédios para tratar um grave “transtorno psicossomático” no apartamento em Düsseldorf.
Segundo o jornal americano “The New York Times”, Lubitz também tinha problemas de visão que poderiam ter colocado em risco seu trabalho.
A companhia aérea Lufthansa reconheceu nesta terça-feira (31) que o copiloto do avião da Germanwings que caiu nos Alpes franceses há uma semana informou à empresa que, em 2009, havia sofrido um episódio depressivo grave. Do G1, editado por este jornal.
