Há mais de seis anos, em 2008, durante a pré-campanha eleitoral para o Município, numa pré-convenção do PMDB, sentei ao lado de um parente de Jusmari de Oliveira. Conversávamos sobre a política local, quando Humberto Santa Cruz, Fábio Lauck e Luciano Trindade se preparavam para iniciar a campanha.
De repente, troquei de assunto, e perguntei:
-E em Barreiras, como está a situação?
De plano, ele me respondeu:
-Lá Jusmari ganha de lavada, com maioria absoluta dos votos.
E acrescentou, de maneira direta:
-E vai ser o pior governo da história de Barreiras. Ela é desorganizada, não sabe delegar poderes, leva tudo no jeitão. Conheço-a desde o dia que nasceu e sempre foi assim. Ela não serve pra função executiva, só no legislativo ela tem algum sucesso, pois é só trabalho político.
As profecias do parente foram 100% confirmadas. No dizer de Carlos Alberto Luz Braga, Jusmari cometeu um haraquiri, um suicídio ritual, sem precedentes na administração de Barreiras, acreditando na impunidade absoluta de seus atos.
Ontem, tivemos mais uma prova disso, com a rejeição de suas contas em Barreiras, precedida pela sua condenação pela Justiça Federal, o que, segundo fontes bem informadas, não ficará nisso, depois que for aberta a caixa preta da OSCIP, entidade etérea na qual Jusmari, em um ano, aplicou, sem licitação, mais de R$42 milhões em terceirização de pessoal e de serviços.
O caso da rejeição quase unânime das contas de Jusmari é emblemático. E exige uma reflexão direta sobre a incontinência e a improbidade de certos gestores públicos que usam o dinheiro público apenas para atender ao seu continuísmo no poder.
Deve-se refletir, também, sobre a capacidade do legislativo em restaurar a verdade e a probidade da coisa pública, sempre medindo o ônus e o bônus de suas ações.
Aos munícipes, fica a lição: desde que atentos ao que está acontecendo na política, legisladores não vão transigir e gestores públicos não locupletar-se-ão.
E o bem comum estará protegido dos prevaricadores e da má política.

