“Queer”: estranho, excêntrico, raro, fora do padrão. A tradução do termo da língua inglesa para portuguesa, feita por estudiosos, não deixa dúvidas sobre o seu tom agressivo e discriminatório contra os homossexuais. Não à toa, a expressão deu origem à Teoria Queer, desenvolvida a partir do final dos anos 1980, nos Estados Unidos, que põe em xeque a rigidez das identidades e defende as práticas de vida que se colocam contra as normas amplamente difundidas e impostas pela sociedade.
Para tratar mais sobre as ideias dessa corrente teórica, as suas relações com a cultura e uma formação ativista com foco nos direitos da comunidade de lésbicas, gays, travestis, transexuais, transgêneros, queer e intersexos (LGBTTTQI), a Universidade Federal do Oeste da Bahia promove o curso de extensão “Cultura, Gêneros e Sexualidade”, no Campus Reitor Edgard Santos, em Barreiras. As pessoas interessadas em participar devem ter, no mínimo, o ensino médio completo. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo e-mail carlos.lima@ufob.edu.br .
O Curso contará com seis encontros (veja datas abaixo) e está dividido em duas partes. Na teórica, serão expostos conceitos-chave dos Estudos Queer. Na prática, ocorrerão as atividades de programas de intervenção e rodas de memória para a partilha de experiências como forma de empoderamento dos sujeitos.
Segundo o professor Carlos Henrique Lucas Lima, propositor e coordenador do projeto, apesar do foco nos direitos humanos das comunidades LGBTTTQI, o curso não é dedicado apenas a esse grupo de pessoas. “A nossa ideia é buscar formar ativistas capazes de problematizar a própria heterossexualidade enquanto padrão normativo de existência”, ressalta.
Apresentação de produtos culturais, como vídeos e músicas, e exibições artísticas também integram a programação do Curso, que começa nesta-sexta-feira (8).
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