Promotor pede absolvição de bombeiros na tragédia da Kiss, em Santa Maria

Foto de Fernando Bona. Conteúdo da cobertura ao vivo do site Clic RBS
Foto de Fernando Bona. Conteúdo da cobertura ao vivo do site Clic RBS

Depois de um primeiro dia calmo, o clima esquentou no julgamento de bombeiros, na Justiça Militar, pela tragédia da boate Kiss, em Santa Maria.

A tensão se instaurou no início da manhã, quando o promotor Joel Dutra, do Ministério Público, pediu a absolvição dos cinco réus que estão sendo julgados nesta quarta-feira: os soldados Gilson Martins Dias, Vagner Guimarães Coelho, Marcos Vinícius Lopes Bastide, o sargento Renan Severo Berleze e o primeiro tenente da reserva Sérgio Roberto Oliveira de Andrades.

De acordo com o promotor, os bombeiros teriam sido induzidos ao erro, o que tiraria qualquer espécie de negligência. A reação de parentes das vítimas presentes no recinto foi imediata: revoltados, deixaram a sala. Do lado de fora, pais e mães protestavam, alguns chorando.

— O que eles estão pensando? Só por que têm estrelinhas acham que são mais que alguém? — dizia aos prantos Maria Aparecida Neves, que perdeu o filho, Augusto Cezar, na Kiss.

Aos juízes, a advogada de defesa, Taís Martins Lopes, criticou a sociedade e a mídia:

— Dois anos sendo pisoteados para agora, no final, se entender que eles não agiram com dolo.

Recorde aqui, aqui e aqui a tragédia que matou 242 jovens durante um incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, no interior do Rio Grande do Sul.

O poeta Carpinejar resumiu bem a situação: se você é bombeiro, vistoria um local que não cumpre os requisitos, e concede o alvará, você é criminoso.

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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