
Por Carlos Alberto Reis Sampaio
Odebrecht e Andrade e Gutierrez, as gigantes de R$ 120 bilhões e 410 mil empregos, surgiram em 1940. As empresas têm obras em dezenas de países, hidrelétricas de grande porte, rodovias, telefonia, sondas de perfuração, submarinos nucleares, usinas nucleares, usinas de açúcar e álcool, logística, aviação, energia, petroquímica, estaleiro e grandes praças esportivas.
Agora, com seus diretores presos, pode se iniciar um grande processo de desmonte dos empreendimentos em andamento.
São corruptos e corruptores? Provavelmente sim. Mas não seria melhor tentar recuperar o que foi superfaturado e levar essas empreiteiras, as 7 irmãs, para um index público, obstando a sua participação em novas empreitadas. Quem vai assumir as obras: empresas estrangeiras?
Em outro perspectiva, julga-se a Presidente e o Ex-Presidente. Mas quem vai substituí-los? O vice-presidente, o presidente do Congresso, o presidente do STF?
O resumo da ópera é que não existe mais ópera. Perdeu-se o libreto. Depois de 21 anos de ditadura cruel, 30 anos de democracia deixaram o País numa esquina em que todas as ruas são contramão. É proibido entrar à esquerda, à direita ou seguir em frente.
Vão se passar ainda 30 anos antes que o Brasil volte a crescer e tenha, aperfeiçoados, os sistemas sociais, políticos e econômicos. Muitos de nós já não estarão aqui para constatar esse evento histórico.
