Numa sexta à noite, num passado distante, eu, embevecido, via e ouvia Jamelão, a grande voz do samba, cantar, no “Chão de Estrelas”, em Porto Alegre. Com um copo de chopp na mão, escorado em uma parede – a casa estava cheia – conversava com um companheiro ao lado, que não alongava muito a conversa. Quando Jamelão terminou a música, eu disse ao caladão: “Adoro essa música”! E ele, com ar de enfado, me estende a mão e diz a frase mais longa da noite: “Prazer, Paulo Vanzolini”. Era o pai da criança, que acompanhava Jamelão naquela volteada pelo Sul do País.
