Seita do Sul de Minas tinha patrimônio incalculável

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Do g1.Globo do Sul de Minas, onde o leitor verá a reportagem completa

As investigações da Polícia Federal apontam que a seita “Comunidade Evangélica: Jesus, a Verdade que Marca” possui um patrimônio avaliado em cerca de R$ 100 milhões. Moradores do Sul de Minas afirmam que os líderes da organização ostentavam carros de luxo. A seita ainda possui restaurantes de alto padrão e propriedades em bairros nobres de algumas cidades da região. O “império” teria sido construído com o trabalho dos muitos fiéis da seita.

Na segunda-feira (17), uma operação da Polícia Federal realizada em Minas Gerais, Bahia e São Paulo prendeu seis líderes da seita. As investigações apontaram que os dirigentes da organização estariam mantendo pessoas em regime de escravidão nas fazendas do Sul de Minas. Os fiéis ainda entregavam todos os seus bens à instituição sob a promessa de viverem em uma comunidade onde tudo é dividido por todos.

No patrimônio da seita estão casas de alto padrão, carros importados e restaurantes finos. A Polícia Federal afirma que a ostentação fazia parte da rotina dos líderes da seita.

“Há uma discrepância absoluta. Os fiéis em fazendas com situações precárias, e os líderes do religioso ostentando riqueza e adquirindo bens de considerável valor”, diz João Carlos Girotto, delegado da Polícia Federal.

Só uma caminhonete, apreendida durante a operação em Pouso Alegre (MG), chega a custar quase R$ 180 mil. O bombeiro hidráulico Bruno Luis dos Santos diz que costumava ver uma movimentação frequente dos carros.

“Era constante Corolla, Hilux. Só carro caro mesmo. Porque aqui é uma região de quem tem grana, né? E, no caso, ninguém levantava suspeita”, diz o bombeiro hidráulico Bruno Luís dos Santos.

Ele conta ainda que já tentou entregar o currículo para trabalhar em um restaurante da cidade que pertence à seita.

“Ele não aceitou, porque só trabalhava quem era da religião dele lá”, completa o rapaz.

 

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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