Ao contrário do que chegou a ser anunciado aqui em O Expresso, a ex-prefeita de Bom Jardim, PI, Lidiane Leite da Silva, a prefeita da ostentação não foi presa na semana passada pela PF e seus advogados procuram melhores condições para que ela se entregue à Justiça.
A vice-prefeita, Malrinete Gralhada (PMDB), já foi empossada no Fórum da cidade pelo juiz Cristóvão Sousa Barros, titular da 2ª Vara da Comarca. A posse deveria ter sido feita pela Câmara de Vereadores de Bom Jardim na manhã desta sexta-feira, mas o presidente da casa não estava na cidade.
A justiça já havia concedido nesta quinta-feira (27) um mandado de segurança determinando que Malrinete Gralhada assumisse imediatamente a prefeitura da cidade, que está sem gestor desde que a prefeita Lidiane Leite da Silva, de 25 anos, fugiu após ter a prisão decretada pela “Operação Éden”, da Polícia Federal.
Namorado preso
Seguem custodiados na Penitenciária São Luís I, no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, os acusados Antonio Gomes da Silva, conhecido como “Antonio Cesarino”, e Humberto Dantas dos Santos, o “Beto Rocha”, namorado e principal inspirador dos desvios de verbas públicas cometidos pela ex-prefeita.
Ambos estão presos por força de prisão preventiva decretada nos autos da ação penal que tramita na Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em Brasília.
Na prisão desde o dia 20 de agosto após a deflagração da Operção Éden, pela Polícia Federal, Antonio Cesarino e Beto Rocha seguem sem qual quer tipo de privilégio e são tratados como qualquer outro preso, tanto que dividem cela com mais cerca de cinco presos que respondem outros crimes, como tráfico e assalto.
“Estão sem qualquer tipo de privilégio, usam fardamento laranja, consomem a mesma alimentação fornecida aos demais presos, tomam banho de sol duas horas por dia e passam o resto do tempo dividindo a mesma cela, onde não podem manter pertences pessoais e se quer as visitas sociais encontram-se sendo realizadas, já que dependem de prévio cadastro dos visitantes interessados e que preencham os requisitos elencados em lei, o que ainda não foi regularizado”, informou o funcionário que não quis se identificar.
Informações de servidores da Administração Penitenciária dão conta de que o Sistema Penitenciário do Estado do Maranhão atualmente tem capacidade de manter a integridade física dos acusados, não existindo a possibilidade destes serem transferidos do Complexo de Pedrinhas para qualquer outra carceragem, não procedendo as informações veiculadas na mídia de que estes seriam transferidos para o Pavilhão de Prisões do Comando Geral da PM, no Calhau, que é destinado apenas a militares.
Presos há dez dias, em consulta a alguns advogados, e comparando o caso a outros similares, a estimativa é de que a prisão deles ainda perdure por mais outros dez dias, período em que as investigações em curso terão avançado e possivelmente não se subsista mais os motivos que ensejaram a decretação das suas prisões.




