O lobista Fernando Baiano resolveu aceitar o acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF) e vai contar o que sabe sobre o esquema de corrupção da Operação Lava Jato. Visando reduzir as penas dos processos que responde na Justiça Federal, Baiano tem prestado diversos depoimentos. Ele está preso há quase 10 meses.
O lobista é apontado por procuradores como operador do PMDB no esquema – o partido nega as acusações. Neste papel, segundo o MPF, ele atuava na negociação de propinas e na distribuição de dinheiro que saía da estatal para os envolvidos nos crimes.
Em um dos depoimentos que tem prestado, Baiano falou sobre a Refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. Levantamento do Tribunal de Contas da União afirma que a compra da refinaria resultou em prejuízo de US$ 792 milhões para a Petrobras. O ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa, que é delator, afirmou ter recebido US$ 1,5 milhão de Baiano para não causar problemas na reunião de aprovação de compra da refinaria.

