Água com urânio deve ser fiscalizada pelo Governo da Bahia, diz ANA.

poçosDo Correio*

A Agência Nacional de Águas (ANA) negou pedido do governo da Bahia para monitorar a qualidade da água consumida em Lagoa Real, no Sudoeste, onde foi detectada água contaminada com alto teor de urânio. Em ofício enviado na semana passada à agência, a Secretaria de Saúde do Estado pediu que a ANA participasse do monitoramento nos poços da região.

A agência, no entanto, respondeu que “a contaminação diz respeito a águas subterrâneas, exploradas por meio de poços tubulares, portanto, trata-se de competência direta do Estado da Bahia”. Segundo a ANA, cabe exclusivamente ao órgão gestor estadual de recursos hídricos – o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) – ou à Vigilância Sanitária executar esse trabalho.

A mobilização teve início no dia 22 de agosto, após denúncia publicada pelo jornal o Estado de S. Paulo. A estatal federal Indústrias Nucleares do Brasil (INB), que detém o monopólio de exploração do material radioativo no país, fez duas inspeções em um poço na zona rural de Lagoa Real e, nas duas coletas, encontrou água com alto teor de urânio.

A empresa, porém, não comunicou aos órgãos de controle. A partir da denúncia, o Ibama tomou conhecimento da contaminação e autuou a INB. O Ministério Público Federal abriu processo.

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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