Inovação é com brasileiros: no Rio, três mulheres casam entre si.

Foto ilustrativa. As personagens que aparecem na foto não têm relação com a notícia.
Foto ilustrativa. As personagens que aparecem na foto não têm relação com a notícia.

O 15º Ofício de Notas do Rio, na Barra, oficializou, na última terça-feira, a primeira união entre três mulheres no Brasil. As chamadas relações poliafetivas viraram um dos assuntos do momento, inspirando, inclusive, a série documental do GNT “Amores Livres”, de João Jardim, diretor de “Lixo extraordinário”, indicado ao Oscar.

O relacionamento que foi reconhecido em cartório envolve uma empresária, de 32 anos, uma dentista, também de 32, e uma gerente administrativa, de 34. Elas constituíram uma união que inclui testamentos de bens e vitais (caso uma das mulheres esteja à beira da morte, ligada a aparelhos, por exemplo, apenas as outras duas podem decidir o que fazer).

Foram apenas três semanas entre a decisão de formalizar a união, assistida pela advogada Marta Mendonça, e a assinatura dos papéis. A ideia surgiu após a empresária ter resolvido que vai engravidar em 2016. Na certidão do nascimento do bebê, ela quer os sobrenomes das três. E elas estão dispostas a brigar na Justiça para que esse desejo vire realidade.

— Somos uma família. Nossa união é fruto de amor. Vou engravidar, e estamos nos preparando para isso, inclusive, financeiramente. A legalização é uma forma de a criança e de nós mesmas não ficarmos desamparadas. Queremos usufruir os direitos de todos, como a licença-maternidade — diz a empresária.

O trio, que não mudou os sobrenomes, mora em um apartamento de três quartos — mas todas dormem na mesma cama. O sexo pode acontecer a três ou entre as duas que estiverem mais dispostas na hora. Ciúme? Só no início da relação. Hoje, garantem não ter mais.

A advogada Fernanda de Freitas Leitão, tabeliã do 15º Ofício, explica quais são os benefícios para quem constitui esse tipo de união:

— Pleitear pensão previdenciária, admissão no plano de saúde e declaração conjunta do Imposto de Renda. Além disso, é possível estabelecer direitos patrimoniais. Porém, depois de lavrada a escritura de união poliafetiva, não é garantido que ela produzirá os efeitos pretendidos nos órgãos competentes.

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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