Oposição quer um novo presidente da Câmara que não tenha ficha suja. E que não impeça o processo de impeachment

Foto de Dida Sampaio, da Agência Estado
Foto de Dida Sampaio, da Agência Estado

É quase uma utopia. Mas é o próximo e mais difícil lance da Oposição. Os deputados do bloco contrário ao Governo querem substituir Eduardo Cunha  por um deputado que saiba equilibrar-se em cima do muro e tenha apoio do “baixo clero”, minoria silenciosa do Legislativo que elegeu o atual presidente.

Oposição e governo já discutem em reservado os nomes que poderiam assumir o seu lugar caso ele seja afastado. Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, os deputados da oposição, que estão alinhados a Cunha na tentativa de organizar o impeachment da presidente Dilma Rousseff, sabem que não devem conseguir emplacar algum representante para o posto.

Os critérios, diz Folha, é um candidato que possa ser um novo “Cunha”, mas sem o aspecto negativo de estar envolvido no esquema de corrupção da Petrobras. Para se encaixar neste perfil, os parlamentares acreditam que o postulante deverá ser de partido da base governista, mas disposto a ajudar ou não atrapalhar um eventual processo de impeachment.

O Planalto, por sua vez, também aposta ter mínimas chances de que alguém do PT possa suceder o atual presidente. Como alternativa, o governo considera como opção o líder do PMDB na Casa, Leonardo Picciani (RJ), que foi um dos principais interlocutores da bancada durante a última reforma ministerial.

Apesar de ser alinhado ao Planalto e contra o impeachment, Picciani foi derrotado na última semana nas tentativas de votação dos vetos às chamadas “pautas-bomba”, que caíram por falta de quórum.

“Quem dentre vós jogará a primeira pedra”, é o que devem pensar hoje oposicionistas e bancada situacionista.

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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