O plenário do Senado decidiu manter a prisão do senador Delcídio do Amaral (PT-MS). Em votação aberta, os senadores decidiram que o líder do governo deverá ser mantido preso por 59 votos contra 13 e 1 abstenção.
Delcídio está preso na carceragem da Polícia Federal (PF) em Brasília após decisão unânime da segunda turma do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele foi levado para a PF hoje pela manhã, na 21ª fase da Operação Lava Jato, quando também foram presos seu chefe de gabinete Diogo Ferreira e o presidente do banco BTG Pactual, André Esteves.
A prisão foi embasada por uma gravação apresentada pelo filho do ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró, em que o senador oferece R$ 50 mil por mês para a família dele e mais um plano de fuga para que Cerveró deixasse o país. O objetivo de Delcídio era evitar que o ex-diretor fizesse acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal.
Bahia vota em peso pela manutenção da prisão
Os três senadores baianos votaram para que Delcídio Amaral (PT-MS) fosse mantido sob prisão cautelar, como determinou a Segunda Câmara do Supremo Tribunal Federal (STF). Lídice da Mata (PSB), Otto Alencar (PSD) e Walter Pinheiro (PT) acompanharam a maioria dos senadores e decidiram manter a prisão do companheiro de Senado.
Entre os 13 senadores que defenderem o relaxamento da prisão de Delcídio, nove são filiados ao Partido dos Trabalhadores: Jorge Viana (AC), Ângela Portela (RR), Donizete Nogueira (TO), Gleisi Hoffman (PR), Humberto Costa (PE), Paulo Rocha (PA), José Pimentel (CE), Lindbergh Farias (RJ) e Regina Sousa (PI).
Apenas o Maranhão teve os três votos favoráveis ao senador: Roberto Rocha (PSB), João Alberto Souza (PMDB) e Edison Lobão (PMDB) – o ex-ministro se absteve de votar. Completam a lista de favoráveis à Delcídio os senadores Telmário Mota (PDT-RR) e Fernando Collor (PTB-AL), este último também investigado pela Operação Lava Jato, que resultou na prisão do petista sul-mato-grossense.
Dois petistas votaram pela manutenção da prisão de Delcídio: o baiano Walter Pinheiro e o gaúcho Paulo Paim.
