
“Um empreendimento desse porte pode revolucionar a vida da população da região oeste e a produtividade da cadeia leiteira da Bahia”. Essa foi a constatação do secretário da Agricultura, Vitor Bonfim, que esteve reunido nesta quarta-feira (20), com o diretor da Agri Brasil, Ben Lichtenberg, para conhecer o projeto do empreendimento lácteo da instituição, previsto para ser construído em Jaborandi, no Oeste do Estado. “Jaborandi, município que possui menos de dez mil habitantes, tem grande potencial de crescimento, com condições climáticas favoráveis e disponibilidade de água”, destacou o secretário Vitor Bonfim.
De acordo com o diretor da Agri Brasil, “após liberação da licença de implementação, a meta é começar a construir o empreendimento depois da época de chuvas, ainda este ano, com previsão de conclusão da obra em dois anos”. Ele explicou que serão trazidas inicialmente 50 mil matrizes de raça holandesa, dos Estados Unidos (EUA), com produtividade que alcança 35 litros/dia por vaca ordenhada, e a alimentação de soja, milho e alfafa, será cultivada na própria fazenda. O diretor Ben Lichtenberg pediu o apoio da Secretaria da Agricultura no que se refere ao projeto de irrigação e convidou o secretário Vitor Bonfim, para conhecer a fazenda sede da empresa localizada na Holanda.
O projeto
O projeto prevê a implantação de duas grandes estruturas. A primeira delas contará com unidade de negócios, que abarcará duas fazendas de produção de leite e uma fábrica de processamento, destinada à produção de queijo e leite em pó. A segunda acomodará outra fazenda com 10.000 hectares irrigados e 42 mil vacas ordenhadas. A meta é produzir 500 milhões de quilos de leite por ano e 70 mil toneladas de queijo.
A projeção é produzir um milhão de litros de leite por dia, quando as fazendas estiverem em pleno funcionamento, retirados de 200 mil vacas de alta produtividade, e promover a geração de cerca de sete mil empregos entre diretos e indiretos. Parte da produção vai ser exportada para a China, mas também será vendida no mercado interno.
O empreendimento dos neozelandeses da Leitissimo está fazendo escola. Mas o gigantismo da operação proposta pela Agri Brasil assusta. O que os holandeses estão pedindo são as outorgas ambientais e de utilização da água. Dez mil hectares irrigados sugerem a implantação de 100 equipamentos tipo pivô central, com consumo de 15 mil metros cúbicos por hora de água.

A vazão de 100 pivots por hora com 24h de funcionamento para a BA, com um a lâmina de 8mm sera de 33.333 m3/h, e não 15.
Como agricultor do município de jaborandi espero que tudo seja de fato uma realidade e não mais uma falça esperança de desenvolvimento da região no entanto parabenizo os empreendedores se de fato irão cumprir com o que estão prometendo e os 7000 empregos será que não está errado e quanto a 200.000 vacas produzirem um milhão de litros de leite isso não está certo Pq aí uma vaca vai produzir apenas 5 litros de leite dia essa reportagem ta meia confusa não da pra confiar nesses dados.
Nota da Redação:
O preclaro leitor já viu falar de uma vaca que tenha lactação contínua? Parece evidente que em um grande plantel nem todas estarão em lactação o tempo todo.
Certo. Consideramos que metade desse plantel, ou seja, 100 mil vacas, estejam em lactação. Isso representa uma média de 10 lt por vaca/dia. Muito pouco para uma animal considerado de alta produção.
Considerando que dessas 200 mil, 100 mil estejam lactando. Isso representaria uma média de 10 lts por vaca. Muito pouco, não?
Na verdade são Holandeses ou Neozelandeses?
Por certo é um projeto muito ambicioso e que ainda deixa muitas dúvidas. É evidente que existem informações desencontradas, talvez por ainda estar na forma de projeto. Me preocupa situações gerenciais e da existência de mão de obra qualificada, sem falar da questão ambiental, geração de resíduos. Me parece que novamente, nós brasileiros, seremos vítimas de uma empresa internacional que vem, usa das nossas reservas naturais, enriquece, agrega valor a nossa matéria- prima e leva nossas riquezas para serem acumuladas fora do País. O poder público, enquanto executivo, deveria se preocupar em desenvolver os próprios negócios locais, a agricultura familiar, alimentos com identidade regional, ao invés de discutir isenção de impostos, facilitação de licenças ambientas e contrapartida em negócios internacionais. Temos que ser fortes na nossa agricultura, com iniciativas brasileiras e não externas. E os produtores rurais regionais como ficam? Em especial os produtores de leite?
Ta bem confuso essa matéria pois 200000 vacas em lactação de 35 kg vaca dia da um montante de 7000000 de litros dia. Só uma conta boba com dados da matéria. Só acho que os meios de comunicação tem que filtrar o que noticia ou a forma com que noticia.
Acredito que as vacas parem a lactação por um período minimo de 60 dias, pré-parto. Como o projeto não esta completo na matéria deve haver esquema rotação de lotes para descanso de funcionários, piquetes e etc. Semelhante a fazenda leitissimo.
O que dá pena é que terão que pagar muita propina para esse empreendimento ir pra frente. ” VIVA O BRASIL, O REI DA CORRUPÇÃO”
Sou favorável ao desenvolvimento, agora quanto a questão ambiental esse empreendimento não trará impactos, danos ao meio ambiente? Por se tratar de um empreendimento dessa magnitude.