Produtores do Oeste Baiano recebem Rally da Safra 2016 e discutem mercado de soja e milho

Perdas são de monta na safra 2016
Perdas são de monta na safra 2016 no Oeste baiano

Palestras gratuitas sobre cenário de grãos, refúgio em tecnologia Bt, nutrição para aumento de produtividade e aplicação de fungicidas marcam passagem da Equipe 8 pelo Estado

Técnicos do Rally da Safra 2016 iniciam em Barreiras (BA) a avaliação de lavouras de soja na próxima 4ª feira, dia 09 de março, e seguem até Luis Eduardo Magalhães, onde haverá palestra técnica gratuita sobre o mercado de soja e milho para produtores rurais com Fabio Meneghin, sócio analista de mercado e coordenador da Equipe 8. Além do cenário de grãos, outros temas serão discutidos com os produtores como refúgio em tecnologia Bt, aplicação de fungicidas e nutrição para aumento de produtividade. No dia seguinte, a Equipe 8 segue para a região de Posto do Rosário, onde finalizará a etapa no Oeste baiano, e na 6ª feira, começa a avaliar lavouras na região de Unaí (MG).

Com base nas avaliações de campo feitas pelos técnicos do Rally da Safra 2016 entre o final de janeiro e início de fevereiro, a Agroconsult, organizadora da expedição, revisou os números da safra 2015/16 de soja e milho, consolidando a perspectiva de safra recorde. Para soja, a estimativa de produção é de 101,6 milhões de toneladas, aumento de 5,6% sobre 2014/15. A área plantada foi revisada para 33,2 milhões de hectares, 3,6% maior que 2014/15.

As principais revisões positivas se concentraram no Centro-Oeste. Em Goiás e Mato Grosso do Sul, as produtividades foram revisadas em função do bom potencial das lavouras. Já no Mato Grosso, em especial no Médio-Norte do estado, a irregularidade do clima causou prejuízos e trouxe grande variação na produtividade das lavouras, porém em menor escala do que os técnicos esperavam. Já os riscos de perdas concentram-se no MAPITO-BA (Maranhão, Piauí, Tocantins e Bahia) e Leste de Goiás, onde o calendário é mais atrasado e ainda há boa parcela das lavouras em período crítico de desenvolvimento, precisando de chuvas para garantir o potencial produtivo.

Onze equipes técnicas

Durante o Rally da Safra 2016, oito equipes estarão em campo para avaliar lavouras de soja e três irão verificar o milho segunda safra. A Equipe 1 percorreu a região sul do Mato Grosso do Sul, nos dias 26 e 27 de janeiro, seguindo para o Oeste paranaense até 30 de janeiro. Equipe 2 iniciou as atividades no norte mato-grossense no dia 25. A Equipe 3 percorreu o Sudeste do Mato Grosso e Sudoeste de Goiás entre 01 e 04 de fevereiro. A Equipe 4 deixou Goiânia no dia 23 e seguiu pelo Leste do Mato Grosso até chegar a Barreiras, na Bahia, em 03 de março. Já a Equipe 5 percorreu o MATOPIBA entre 28 de fevereiro e 03 de março. A Equipe 6 esteve no Paraná e Santa Catarina entre os dias 01 e 04 de março.

Os técnicos da Equipe 7 estarão em campo a partir de 08 de março para avaliação da soja nos estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul,

Nesta edição, outras três equipes avaliarão o milho segunda safra dos dias 03 a 20 de maio no Paraná, Mato Grosso do Sul, Goiás e Mato Grosso.

O Rally da Safra 2016 chega à 13ª edição patrocinado pelo Banco do Brasil, Bayer, Monsanto, Mosaic e Volkswagen, com apoio da BM&FBOVESPA, FIESP, Agrosatélite, Agroipês, Impar Consultoria no Agronegócio e Universidade Federal de Viçosa.

Conversando ontem com produtores, este Editor concluiu que realmente a situação dos cultivos do Oeste baiano é emergencial. Não só o peso das colheitas de soja de ciclo médio sofreu redução substancial. A qualidade dos grãos também foi bastante reduzida.

Ontem chuvas esparsas foram registradas ao longo da BR 020, na direção da Vila do Rosário, mas muito localizadas e de pouca intensidade. 

Na realidade, este é o terceiro ano de perdas significativas nas colheitas do Oeste Baiano, mas o ciclo de poucas chuvas já atinge o quinto ano.

 

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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