Atenção, motoqueiros, acidentes de trânsito são terceira causa de mortes na Bahia

Os acidentes com motociclistas sobrecarregam inclusive o sistema de Saúde.
Os acidentes com motociclistas sobrecarregam inclusive o sistema de Saúde.

Os acidentes de trânsito são a terceira maior causa de mortes na Bahia, perdendo apenas para doenças cardiovasculares e as provocadas por causas mal definidas. Tanto que já são tratados como problema de segurança pública.

De acordo com levantamento feito pela Coordenação de Doenças e Agravos não Transmissíveis da Secretaria de Saúde do Estado, entre janeiro de 2013 e fevereiro de 2016, foram contabilizadas 8.271 mortes no trânsito nas vias baianas.

Desse total, 12,2% eram pedestres e 23,8% motociclistas, enquanto 32% eram ocupantes de carros. Do total, 26% não tinha especificação do veículo. Em Salvador, o maior número de acidentes com vítimas fatais ocorre na Avenida Suburbana, nos sábados e domingos.

“A capital baiana respondeu por 917 mortes”, explicou a coordenadora do órgão, Edna Resende. Segundo ela, os municípios de Alagoinhas, Camaçari, Eunápolis, Feira de Santana, Guanambi, Ilhéus, Irecê, Itabuna, Itamaraju, Jacobina, Jequié, Juazeiro, Paulo Afonso, Porto Seguro, Ribeira do Pombal, Salvador, Santo Antônio de Jesus, Senhor do Bonfim, Simões Filho, Teixeira de Freitas, Valença e Vitória da Conquista são os que contabilizam os maiores índices de acidentes no trânsito, principalmente envolvendo motos, além da combinação álcool e excesso de velocidade.

“A facilidade da aquisição de motocicletas contribuiu com essa questão, especialmente porque muitos motociclistas não estão habilitados e, no interior, as motos são usadas até para tanger boiada”, explicou ao Correio.

Particularmente fico impressionado com os motociclistas de Luís Eduardo Magalhães. Bermuda colorida e chinelo de dedo são os seus principais equipamentos, acompanhados de um capacete velho sem fixação. E o modo de dirigir? Eles ultrapassam pela esquerda ou pela direita, sem distinção; se jogam nas esquinas esperando que os carros freiem. É uma corrida suicida diária, que só pode se refletir, como de fato, nas estatísticas.

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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