Bahia já pode ter presos em liberdade vigiada com tornozeleira

tornozelo

O objetivo é reduzir o custo ao governo e a superlotação das penitenciárias. Agora a Bahia já conta com o recurso de tornozeleiras eletrônicas para o monitoramento de detentos.

De acordo com o governador Rui Costa (PT), o uso do equipamento será feito a partir da decisão dos juízes. “Cabe ao juiz decidir qual preso pode ser liberado com tornozeleira, ele vai decidir. O estado já fez um contrato de aluguel dessas tornozeleiras e pretendemos ampliar o número de presos com o equipamento”, disse, em entrevista à Metrópole nesta segunda-feira (18). 

De acordo com Rui, o estado gasta cerca de R$ 2.900 mensalmente para manter cada preso do sistema prisional. “Portanto, aqueles presos que ofereçam menor risco à sociedade a ideia é oferecer ao juiz a possibilidade de ele ser monitorado por tornozeleira”, afirmou.

Nelma Kodama, a doleira, depois de 2 anos de cadeia, em foto da Veja: "Tornozeleira me causa alergia".
Nelma Kodama, a doleira, namorada de Youssef, depois de 2 anos de cadeia, em foto da Veja: “Tornozeleira me causa alergia”.

No Mato Grosso, tornozeleira falhou.

A tornozeleira eletrônica, usada por condenados beneficiados com o regime aberto, tem se mostrado um sistema falho em Mato Grosso. Segundo dados da Central Estadual de Monitoramento Eletrônico, no mês de agosto deste ano, 34 presos monitorados foram recapturados pelo Serviço de Operações Especializadas Penitenciárias (SOE).

Os recuperandos usavam tornozeleira eletrônica e regrediram ao regime fechado por descumprir as medidas restritivas. No total, 197 recuperandos descumpriram as regras de uso ou romperam a tornozeleira nos 11 meses em que o recurso eletrônico é utilizado em Mato Grosso.

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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