
Em uma carta enviada na sexta-feira 22 a John Kerry, secretário de Estado, 33 congressistas do Partido Democrata e diversas entidades sociais e sindicatos, entre eles a influente Federação Americana do Trabalho e Congresso de Organizações Industriais, pediram ao integrante do governo de Barack Obama e provável representante norte-americano nas Olimpíadas do Rio de Janeiro para lidar de forma cautelosa com as “autoridades interinas” brasileiras e de se abster de declarações ou ações passíveis de serem vistas como um apoio dos Estados Unidos à campanha contra a presidenta eleita.
“Nosso governo deve expressar sua forte preocupação com as circunstâncias que envolvem o processo de impeachment e exigir a proteção da Constituição democrática no Brasil”, afirmam os signatários do documento ao qual CartaCapital teve acesso.
O que ninguém ainda entendeu e agora parece claro até aos mortais comuns como nós, é que ninguém quer a continuidade do golpe impetrado pelo parlamento brasileiro. Depois que a Folha de São Paulo dissimulou a vontade de 82% dos brasileiros de ter novas eleições, ação referendada até pela presidente afastada, a manutenção de Michel Temer no poder só é sustentada mesmo pelos deputados e senadores que apoiaram o golpe.
A Convenção Americana de Direitos Humanos e o Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos foram invocados pelos juristas do Tribunal Internacional pela Democracia esta semana, no Rio. O Ministério Público Federal não encontra crimes na gestão de Dilma Rousseff.
Então por que não promover novas eleições, para um mandato presidencial de 4 anos, unificando as consultas populares em todos os níveis em 2020?
