Polícia Federal investiga o PT da Bahia

A Polícia Federal deflagrou nesta terça (4) a operação Hidra de Lerna, desdobramento de informações obtidas na Acrônimo, que investiga um grupo criminoso responsável pela prática de financiamento ilegal de campanhas políticas na Bahia e por esquemas de fraudes em licitações e contratos no Ministério das Cidades envolvendo a OAS.

Segundo informações da PF, os agentes federais cumprem 16 mandados de busca e apreensão, deferidos pelo Superior Tribunal de Justiça. “A operação de hoje deriva de três colaborações de investigados na Operação Acrônimo, já homologadas pela Justiça e em contínuo processo de validação pela Polícia Federal”, diz a corporação.

De acordo com o que foi apurado, os investigados realizavam triangulações, com o objetivo de financiar ilegalmente campanhas eleitorais. Para isso, a OAS contratava de maneira fictícia empresas do ramo de comunicação especializadas na realização de campanhas políticas. “Ela remunerava serviços prestados a partidos políticos e não à empresa do ramo de construção civil”, diz a PF.

Além da OAS, estão na mira da PF o diretório do PT na Bahia, que foi isolado na manhã de hoje para evitar protestos durante a busca e apreensão, e a empresa de comunicação Propeg. A casa do ex-ministro das Cidades Mário Negromonte (PP) também é alvo de buscas. O governador Rui Costa (PT) é um dos investigados sob suspeita de ter sido beneficiado pelo suposto esquema de financiamento na eleição de 2014. O ex-ministro Márcio Fortes (Cidades) também está na mira.

Segundo a PF, Hidra de Lerna remete à “monstruosa figura da mitologia helênica, que ao ter a cabeça cortada ressurge com duas cabeças. A Operação Acrônimo, ao chegar a um dos líderes de uma Organização Criminosa, se deparou com uma investigação que se desdobra e exige a abertura de dois novos inquéritos.”

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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