Polícia Federal faz operação que mira em banda “Aviões do Forró”

Operação apura fraudes no imposto de renda

Foto: João Cotta /TV Globo/Divulgação

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (18) operação contra fraudes no imposto de renda cometidas por um grupo empresarial responsável por bandas de forró e casas de show no estado do Ceará. De acordo com informações do jornal O Estado de São Paulo, trata-se do grupo Aviões do Forró.

De acordo com a PF, 260 policiais federais e 35 auditores participam da operação, chamada de “For All”. Eles cumprem 76 mandados judiciais, sendo 32 de condução coercitiva e 44 de busca e apreensão nas cidades de Fortaleza e Russas, no Ceará, e Souza, na Paraíba. A Justiça Federal também decretou o bloqueio de imóveis e a apreensão de veículos pertencentes a pessoas ligadas ao grupo.

Há indícios de que os integrantes da organização procuravam eximir-se da cobrança de tributos fornecendo dados falsos ou omitindo dados relevantes em suas declarações de Imposto de Renda de pessoa física e jurídica.

O grupo ainda adquiria bens, como veículos e imóveis, sem declarar ao Fisco. Foram encontradas divergências sobre valores pagos a título de distribuição de lucros e dividendos, movimentações bancárias incompatíveis com os rendimentos declarados, pagamentos elevados em espécie, além das diversas variações patrimoniais a descoberto.

Segundo a PF, no decorrer da investigação, foram identificados indícios de lavagem de capitais, falsidade ideológica e associação criminosa.

As medidas judiciais cumpridas hoje pela Polícia Federal têm por finalidade buscar a responsabilização das pessoas físicas e jurídicas ligadas ao grupo empresarial e possibilitar que Receita Federal se municie de elementos suficientes permitindo uma real avaliação dos possíveis tributos sonegados.

De acordo com a PF, o nome “For All” faz referência à expressão da língua inglesa “para todos”. Há notícias de que no início do século XX, engenheiros britânicos instalados em Pernambuco para construir uma ferrovia, promoviam bailes abertos ao público (for all). Assim, o termo passaria a ser pronunciado “forró” pelos nordestinos. O nome da operação veio dessa origem popular da palavra forró, principal ramo de atividade do grupo investigado.

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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