O “dono” da Fórmula 1 está enterrando a competição.

Ecclestone, em conversa com Nico Rosberg no GP da Alemanha. Foto Motorsport.
Ecclestone, em conversa com Nico Rosberg no GP da Alemanha. Foto Motorsport.

Bernard Charles “Bernie” Ecclestone é o presidente e CEO da Formula One Management e da Formula One Administration e maior acionista da Alpha Prema, a matriz das companhias que gerenciam a Fórmula 1. Ele disse mais uma bobagem hoje: “Lewis Hamilton deveria ganhar o campeonato no lugar de Nico Rosberg porque seria melhor para a categoria”.

Depois de assistir a Fórmula 1 por mais de 40 anos, enchemos o saco este ano, justamente por ver apenas uma equipe ganhar repetidamente. A Mercedes só perde quando seus dois pilotos batem entre si. Resultado da política desse famigerado Ecclestone que repassa às equipes colocadas na ponta um valor muito grande e quase nada às últimas colocadas. Quer dizer: ele favorece apenas quem está bem e controla com algumas merrecas as últimas colocadas.

Assim as equipes se perpetuam na ponta sem concorrência. A equipe quarta colocada este ano, a Force India – disputa essa colocação com a Williams – está largando quase 2 segundos atrás da pole no GP dos Estados Unidos. Como em prova devem rodar por volta de 1m40s, em 50 voltas os ponteiros estarão cheirando os fundilhos do 7º colocado, Nico Hulkenberg. O GP de Austin, Texas, terá 56 voltas.

Levar uma volta é normal para os últimos colocados, mas não para os que deveriam disputar a ponta com os ponteiros.

A Fórmula 1 perdeu competividade, perdeu patrocínios e perdeu audiência. Em 10 anos, a Globo perdeu mais de 50% dos seus telespectadores, passando para um canal pago, o Sport TV, a transmissão de tomada e tempos e, com a coincidência com o horário do futebol, a própria transmissão da corrida, feita agora com locução de cabine.

Por tudo isso, já que sequestraram a sogra de Ecclestone no Brasil, os amantes do esporte deveriam sequestrar o próprio, durante a realização do GP do Brasil, agora no dia 10 de novembro.

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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