
O último relatório epidemiológico do Ministério da Saúde mostra o Rio Grande do Sul como o segundo Estado com maior taxa de detecção da AIDS – Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, com 38,3 casos a cada 100 mil habitantes.
O número chega praticamente ao dobro da média brasileira, que é de 19,7 por 100 mil habitantes, ficando apenas atrás do Amazonas, que tem 39,2 casos por 100 mil habitantes. Se focarmos apenas em Porto Alegre, os dados são ainda mais graves: 94,2 a cada 100 mil habitantes, o que chega a quase cinco vezes a média brasileira. Isso que o Estado teve uma redução de 10,1% nas taxas de detecção desde 2012, quando era de 42,6 a cada 100 mil habitantes.
Desde o início da epidemia no Brasil, já foram diagnosticados quase 800 mil casos, sendo aproximadamente 76 mil no RS. Concentram-se principalmente na Capital, Região Metropolitana, Vale do Gravataí, Vale do Caí e Vale dos Sinos. Há forte prevalência também na região de Rio Grande, o porto no extremo Sul do Estado.
Apesar de ter se heterossexualizado nos últimos anos, nacionalmente a doença continua atingindo principalmente gays, travestis, transexuais, usuários de drogas e trabalhadores sexuais. Há uma crescente preocupação com jovens de 15 a 24 anos, faixa etária em que a Aids vem crescendo.
“Até hoje não sabemos ao certo o motivo de Porto Alegre ter uma epidemia assim”, reconhece a coordenadora da área técnica DST/Aids da Secretaria da Saúde de Porto Alegre, Simone Ávila. A informação é de uma reportagem do site Sul21.
