Confirmado: só um preso morreu na custódia da Polícia em Luís Eduardo Magalhães

Adenildo Pereira Santiago, preso por tráfico de drogas, é a vítima de seus colegas de cela na Custódia da Delegacia de Polícia Judiciário de Luís Eduardo Magalhães. Ele foi morto com pontaços de estiletes e teve olhos e língua arrancados por seus companheiros de infortúnio.

Os detidos se revoltaram porque, nesta sexta-feira, diz de visitas, a Polícia Civil entrou em greve e não poderia revistar as sacolas que seriam entregues aos presos.

Eles foram retirados das celas para que o corpo fosse resgatado e se fizesse uma vistoria nos ambientes.

Mais de 80 pessoas estão presas em Luís Eduardo, a maioria sem julgamento, em duas pequenas celas onde cabem 8 e 4 pessoas respectivamente, num total de 12 detentos.

Enquanto isso o Estado protela sem explicações a terceirização da empresa responsável pela carceragem no Centro de Detenção Provisória, de Barreiras, que já completa quase dois anos de encerramento das obras.

A Secretaria de Administração Penitenciária da Bahia informa que já realizou três licitações para cuidar do presídio, onde poderiam ser alojados mais de 600 detidos provisórios, sempre com problemas jurídicos ou problema de desistência dos licitantes.

Há poucos dias, outro crime bárbaro, com as mesmas características, foi perpetrado na custódia do Complexo Policial de Barreiras.

As fotos do cadáver do indigitado rapaz são impublicáveis.

Avatar de Desconhecido

Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

Uma consideração sobre “Confirmado: só um preso morreu na custódia da Polícia em Luís Eduardo Magalhães”

  1. Quando o governo for inaugurar o presidio de Barreiras, provavelmente já terá que reformá-lo, infelizmente.

Deixe um comentário