O idiota da aldeia, a legião de imbecis e a morte dos brasileirinhos

Foto de Kevin Carter, prêmio Pulitzer de 1994. Morte de crianças na África
Foto de Kevin Carter, prêmio Pulitzer de 1994. Morte de crianças na África

Enquanto um punhados de bobalhões lamenta nas mídias sociais as mortes do cantor  inglês Jorge Miguel e da atriz norte-americana Carrie Fixer, mais de 190 crianças, menores de um ano morreram no Brasil.

Morrem mais de 95 por dia: por problemas de pré-natal da mãe, por doenças congênitas, por microcefalia , por subnutrição, por falta de assistência médica, por água contaminada.

E não vejo nenhum desses bobagentos postando a sua tristeza por este verdadeiro massacre de brasileirinhos, o futuro do País do Futuro.

Como aqui não canso de repetir, a frase de Umberto Eco vem mais uma vez a calhar:

“O drama da internet é que ela promoveu o idiota da aldeia a portador da verdade”.

Dizia mais, o semiólogo e escritor:

As redes sociais dão o direito à palavra a uma “legião de imbecis” que antes falavam apenas “em um bar e depois de uma taça de vinho, sem prejudicar a coletividade”.

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

3 comentários em “O idiota da aldeia, a legião de imbecis e a morte dos brasileirinhos”

  1. Pura hipocrisia, afinal vejo o Sr. mesmo discutindo assuntos fúteis como futebol, e outros de igual relevância

  2. O cara fala em brasileirinhos e posta uma foto da África. Deve achar que a culpa da resseção econômica que possivelmente ocasionou morte de brasileirinhos é dos 4 últimos meses do novo governo e não culpa do PT, que até pouco tempo atrás era defendido neste ‘brog”. Fala que ficam lamentando a morte de artistas mas lamenta a morte de escritores como Eduardo Galeano, Vinicius Lena, Umberto Eco … Parece que para lamentar algumas mortes não importa quantos brasileirinhos morreram. Pura hipocrisia! Agora sem Humberto a coisa “comprica” para o “brogueiro”…

    Nota da Redação:
    Por que você não cala essa boca sem a metade dos dentes e escreve correto? Recessão, por exemplo! Vai estudar semi-analfabeto e a tua vida vai melhorar. Tem muito EJA dando sopa por aí.

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