O Samba da Imperatriz encontra reação no agronegócio

belo-monstro

A letra e a coreografia da Escola de Samba Imperatriz Leopoldinense está encontrando forte reação entre os representantes classistas do agronegócio, ao afirmar que a agricultura e a pecuária devastam florestas e secam os rios. É o “Belo Monstro dos Caraíbas”, afirma o samba. Hoje a população indígena ultrapassou  900 mil, com 305 etnias, que falam 274 línguas.

As áreas destinadas a essa população ultrapassam 12% do território nacional, mas cerca de 40% dessa população vive em áreas urbanas.

José Otavio Menten, Vice-Presidente da Associação Brasileira de Educação Agrícola Superior (ABEAS), Eng. Agrônomo, Mestre e Doutor em Agronomia, afirma:

O samba enredo da Imperatriz Leopoldinense para o Carnaval 2017 causou reação muito forte no agro brasileiro. Deveria causar reação negativa de todo povo brasileiro. E com toda razão. Num momento em que o Brasil todo está reconhecendo a importância do agro no PIB, empregos e exportação, enaltecendo o setor por estar evitando recessão ainda maior, o agro é atacado inoportunamente, de maneira injusta e sem necessidade.

A AIBA – Associação dos Irrigantes e Produtores da Bahia também divulgou uma nota, onde lamenta os termos do samba da Imperatriz:

Na nota de repúdio, a entidade afirma:

A Aiba atribui a iniciativa ao total desconhecimento, por parte dos autores da letra, da realidade e da rotina do homem do campo, que trabalha de sol a sol para garantir a segurança alimentar da nação, além de transformar vidas, gerando emprego e renda.

A Aiba considera justa a homenagem ao Parque Nacional do Xingu, mas lamenta a visão deturpada dos sambistas. A Associação esclarece, ainda, que o agronegócio brasileiro cumpre uma das leis ambientais mais severas do mundo, e que a atividade tem avançado cada vez mais no quesito sustentabilidade.

Avatar de Desconhecido

Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

Deixe um comentário