Eike é preso, arrancam a peruca e raspam o resto dos cabelos. É a regra ou sado-masô?

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Eike Batista, foragido da Justiça desde 5ª feira, chegou ao Rio de Janeiro por volta das 10h da manhã de hoje (30.jan.2017). Assim que desceu do avião, foi preso e encaminhado ao IML para exame de corpo de delito. Ficará detido no presídio Ary Franco, também no Rio.

Ele é suspeito de lavagem de dinheiro. Estaria envolvido em 1 esquema de corrupção que ainda incluiria o ex-governador do RJ, Sérgio Cabral –preso preventivamente desde 17 de novembro do ano passado.

Eike é acusado ter pago US$ 16,5 milhões ao político. Em troca, teria tido benefícios em obras e outros negócios de seu grupo empresarial, o EBX. O executivo Flávio Godinho, que também é vice-presidente do Flamengo, estaria envolvido no caso. Os 3 são suspeitos de obstruir investigações.

O antigo homem mais rico do Brasil estava foragido desde 5ª feira (26.jan.2017). Estava em Nova York. Seus advogados haviam dito que ele se entregaria.

O decreto de sua prisão preventiva foi parte da Operação Eficiência, um desdobramento da Operação Calicute –que prendeu Cabral.

Pode-se, numa singela reflexão, questionar se o brasileiro comum sobre a necessidade das forças policiais de humilhar e expor os presos. Por exemplo: divulgar fotos de Cabral com o uniforme da prisão ou permitir fotos de Eike Batista sem peruca?

Existe uma relação sado-masoquista entre os policiais e detidos? Ou a igualdade chegou ao Brasil, ao menos no tratamento entre bandidos comuns e bandidos do colarinho branco? 

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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