A difícil missão das forças armadas e das forças policiais

Pelotão de Fronteira
Soldados de Pelotão de Fronteira

O Ministério da Defesa resolveu  suspender, hoje, licitação pública destinada a comprar mesas de sinuca, jogos de dominó e 300 apitos esportivos, num valor pouco superior a R$70 mil, segundo notícia de O Globo.

Nada mais justo para a distração dos guerreiros durante os seus descansos na caserna. No entanto, dentro de uma conjuntura em que as forças armadas encontram sérias dificuldades para controlar as fronteiras e agora estão inseridas, ao menos temporariamente, na segurança de cidades importantes, como Boa Vista, Natal, Vitória e Rio de Janeiro, a contratação de compra de tais artigos parece inoportuna.

O País está em verdadeira guerra civil com o crime organizado. Mais de 60 mil mortes violentas acontecem todo ano. Forças policiais militares, policias civis, guardas metropolitanas parecem estar debilitadas diante da insuficiência de verbas; não existem mais vagas nos presídios; a justiça conta com deficiência de pessoal e uma irritante lentidão.  15.735 km de fronteiras terrestres e mais de 7.000 km de fronteiras marítimas,  exigem especial atenção.

As forças armadas não têm recursos para enfrentar essa multiplicidade de tarefas. Não é hora de pensar em prosaicas mesas de sinuca.

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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