Dilma: quando quis acabar com a corrupção na Petrobras, perdeu a base de apoio no Congresso

Ex-­presidente fala sobre Moreira Franco: “O gato angorá tem uma bronca danada de mim porque não o deixei roubar. Chamei o Temer e disse: ‘Ele não fica'”

Dilma Rousseff, em entrevista a Maria Cristina Fernandes, do jornal Valor Econômico, publicado nesta sexta, 17:

“Se não achasse importante o combate à corrupção, não teria sancionado a lei da delação premiada, não teria respeitado a Polícia Federal, não teria respeitado o Ministério Público, nem nomeado ministros [do Supremo Tribunal Federal] que tivessem uma inequívoca biografia”.

Mais adiante a ex-Presidente afirma:

“O combate à corrupção no Brasil mais uma vez virou uma arma ideológica. Enquanto as investigações estavam sobre o PT, ou alguém do PT, não havia problema em vazamento, não havia problema em 500 mil pesos e mil medidas. Agora tem. Uma coisa que, visivelmente, em qualquer país do mundo, seria caso de quebra da segurança nacional, que é gravar o presidente sem autorização do Supremo, tudo isso foi permitido. Agora, quando chega ao PMDB ou PSDB, é criminalização da política”.

A jornalista acrescenta à fala de Dilma que foi em seu governo que aconteceu a nomeação de Graça Forster para a Presidência da Petrobras, que afastou os diretores suspeitos e cerceou os contratos por eles geridos, decisão que começou a corroer a base de apoio ao governo no Congresso montada pelo antecessor.

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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