Velho Chico começa o ano muito pior que em março de 2016

Ontem, Dia Mundial da Água, um levantamento do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) demonstra que após 6 anos de chuvas ralas, a situação do rio São Francisco e das reservas hídricas da Bahia não são boas.

O Estado possui atualmente 24 barragens operando próximo à capacidade mínima; 5 a 6 funcionam no limite mínimo ou abaixo disso; 37 das 51 barragens registraram queda na cota de água entre 20 de fevereiro e 20 de março deste ano.

 E é nesta situação preocupante que o reservatório de Sobradinho, no norte baiano, o maior do Nordeste, está com apenas 15% de sua capacidade, quando no ano passado, na mesma época tinha 30% de sua capacidade, o que implica em menos da metade do volume acumulado em 2016 até abril.

O que se cogita é que mesmo diminuindo a vazão para 700 metros cúbicos por segundo, o reservatório chegue a novembro deste ano no volume morto, com apenas 3% de sua capacidade.

Quando chegar ao volume morto, só ultrapassará a barragem a água que descer das cabeceiras do rio São Francisco e seus afluentes, isto é, muito pouco.

Em resumo: o rio vai morrer à jusante de Sobradinho, com a proliferação de algas, inviabilizando o abastecimento de dezenas de municípios da Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe.

Avatar de Desconhecido

Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

Deixe um comentário