Por fora bela viola, por dentro, pau bolorento

Quem vê essa carinha de determinada indignação, de injustiçada do momento, da ex-primeira dama do Rio de Janeiro, Adriana Ancelmo, libertada da prisão ontem, não deve nem imaginar o que a dita cuja apresentou junto com o marido.

Quantos morreram na fila do Sistema Único de Saúde, nas enfermarias superlotadas e corredores dos hospitais públicos, por falta de um médico ou de um remédio de alguns reais só porque a “baixinha” queria se emperiquitar de jóias, roupas e viagens caras?

Quantas mães e seus bebês foram sacrificadas no altar das iniquidades?

O povão se reuniu na porta do seu prédio para chamá-la de safada. Com justa razão. A moça é até bonitinha, mas valer que é bom não vale nada mesmo. Espera-se que volte logo para a cadeia, sem mordomias e sem encontros com Cabral.

Definitivamente não é caso de prisão, nem de prisão domiciliar: é caso de julgamento sumário e opção entre prisão perpétua com trabalhos forçados ou forca. Corrupção mata inocentes.

O Brasil não vai se endireitar enquanto tiver essa mentalidade cristã, ocidental e compreensiva.

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

Uma consideração sobre “Por fora bela viola, por dentro, pau bolorento”

  1. Esse caso serviu pelo menos para que a população soubesse de uma pequena verdade: os muitos milhões de brasileiros que não tem computador e muito menos internet em casa, na verdade também vivem numa prisão domiciliar constante.

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