Curitiba: a farra das prisões preventivas acabou ou está apenas começando?

Wendell

Fernando Limongi, em matéria jornalística no jornal Valor Econômico, comenta, hoje, sobre a excepcionalidade das prisões preventivas no âmbito da Operação Lava-Jato. Fato que não é nem contestado pelo magistrado que lidera os processos, Sérgio Moro. “Remédios excepcionais”, cita o Juiz. O que não deixa de ser indício forte que caminhamos, céleres, para um período de excepcionalidades de toda ordem. Veja o trecho do artigo de Limongi:

Não é de hoje que os advogados denunciam as “arbitrariedades” das prisões decretadas por Sergio Moro. As decisões da Segunda Turma lhes trouxeram alento. Pierpaolo Cruz Bottini, representante da senhora Cruz Cunha, comemorou:

“A corte cumpriu com seu papel, apontando que a restrição à liberdade é excepcional e exige motivação mais densa do que apenas alusões genéricas a gravidade do crime e a uma suposta periculosidade do réu.”

Finalmente, o STF teria lhes dado ouvidos. A farra das preventivas teria chegado ao fim. A força-­tarefa nunca escondeu que trabalha no limite do que a lei lhe faculta e que as prisões cautelares fazem parte de uma estratégia para obter provas, confissões e apoio popular.

Sergio Moro, na introdução que escreveu ao livro que historia a Operação Mãos Limpas, afirma:

“Em um contexto de corrupção sistêmica, penetrante, profunda e disseminada nas instituições e na sociedade civil, a adoção de remédios excepcionais não pode ser considerada uma escolha arbitrária, mas medidas necessárias, na forma da lei, para romper o círculo vicioso.”

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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