JBS disputa na Justiça dívida de R$2,4 bilhões com o INSS

Só os Grupos JBS e BRF, que inclui diferentes operações, geram mais de 240 mil empregos no País

Uma das maiores produtoras globais de alimentos, a JBS trava uma disputa com a Receita Federal de R$ 2,4 bilhões, valor que a empresa deve ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) em contribuições previdenciárias e que representa 1,4% de suas receitas.

É a maior dívida de empresas em atividade. A maior devedora do INSS é a Varig, que faliu deixando débitos previdenciários de R$ 3,9 bilhões.

A disputa ocorre porque a JBS afirma ter direito a usar créditos tributários de PIS e Cofins gerados pela compra de insumos e também por exportações para abater sua dívida com o INSS.

Porém, uma decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça), de 2004, vetou o uso desses créditos para o abatimento de pendência previdenciária.

Advogados tributaristas são unânimes em afirmar que a legislação atual não permite a compensação de dívidas previdenciárias com créditos tributários.

“Hoje, a única forma de fazer esse tipo de compensação seria aderindo ao novo Refis”, afirma Edison Fernandes, ex-integrante do Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) e que hoje atende grandes empresas.

A empresa contesta. Para os advogados da JBS, existe base legal para a compensação, e a companhia tem créditos mais que suficientes para quitar a dívida com o INSS.
Esses créditos, ainda segundo a JBS, já foram homologados pelo fisco e, por isso, a empresa entrou com pedido de compensação.
Mas, ainda segundo a companhia de alimentos, a Receita informou que a compensação, quando possível, é um ato que parte do fisco, e não do contribuinte.

Os pedidos de compensação dos últimos quatro anos da JBS não foram aceitos pela Receita Federal, que pediu à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional a inscrição desses débitos no cadastro da Dívida Ativa. Da Folha de São Paulo.

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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