Agronegócio ponteia o aumento do número de empregos na Bahia em maio

Bahia registra 2,9 mil novos postos de trabalho em maio. Geração de empregos na economia baiana foi puxada pelos setores da Agropecuária, Indústria de Transformação, Serviços e Serviços Industriais de Utilidade Pública

A Bahia fechou o mês de maio com a criação de 2.966 novos postos de trabalho, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta terça-feira (20) pelo Ministério do Trabalho. O desempenho baiano foi o quinto melhor entre os estados brasileiros, com 49.319 admissões e 46.353 demissões – um crescimento de 0,18% na comparação com o mês de abril.

A geração de empregos na Bahia, em maio, foi motivada pelo crescimento dos setores da Agropecuária (+2.781 postos), Indústria de Transformação (+1.093 postos), Serviços (+386 postos) e Serviços Industriais de Utilidade Pública (+141 postos). O interior baiano se destacou nessa geração de empregos, com a abertura de 4.412 novas vagas, resultado de 28.392 admissões e 23.980 demissões.

Segundo o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, esse resultado positivo vem da retomada do crescimento econômico do país. “O mercado de trabalho baiano está mostrando o impacto positivo das medidas econômicas do governo federal. São números que refletem a volta do país ao caminho do desenvolvimento, com a geração de empregos em diversos setores”, afirma o ministro.

Desempenho nacional

Pelo segundo mês consecutivo e pela terceira vez este ano, o Brasil teve saldo positivo na geração de empregos. Segundo dados do Caged, 34.253 novos postos de trabalho formal foram abertos em maio, um aumento de 0,09% em relação a abril. O resultado também foi positivo se considerados os números de janeiro a maio. No acumulado do ano, houve um crescimento de 48.543 postos de trabalho, representando uma expansão de 0,13% em relação ao estoque de empregos que havia em dezembro de 2016.

O ministro Ronaldo Nogueira avalia que, aos poucos, o país vem recuperando os empregos fechados nos últimos anos devido às crises econômica e política registradas no país. “O governo federal tem feito um esforço grande e constante para adotar medidas que incentivem a geração de empregos. E o resultado nós temos visto no desempenho do Caged desde o ano passado, mas, sobretudo, nos últimos meses”, afirma.

Setores

Dos oito principais setores da economia, quatro tiveram desempenho positivo. O principal foi a Agropecuária, que gerou 46.049 novos postos de trabalho, um crescimento de 2,95%. As culturas responsáveis por esse resultado foram o café, sobretudo em Minas Gerais; a laranja, em São Paulo; e a cana-de-açúcar, em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Os outros setores com performance positiva foram os Serviços, que tiveram acréscimo de 1.989 postos (+0,01%); a Indústria de Transformação, com 1.433 vagas a mais (+0,02%); e a Administração Pública, que gerou 955 vagas formais (+0,11%). Tiveram saldo negativo o Comércio, que fechou 11.254 postos (-0,13%); a Construção Civil, com 4.021 vagas a menos (-0,18%); a Indústria Extrativa Mineral, com resultado negativo de 510 postos (-0,26%); e os Serviços Industriais de Utilidade Pública, que fecharam 387 vagas (-0,09%).

Desempenho regional

A região que mais gerou empregos em maio foi a Sudeste, com a criação de 38.691 postos de trabalho formal. Os estados que se destacaram foram Minas Gerais, que teve saldo positivo de 22.931 postos, e São Paulo, que gerou 17.226 novas vagas. Esses resultados se devem principalmente ao aumento na oferta de vagas formais na Agropecuária, Serviços e Indústria.

A segunda região com maior crescimento no nível de emprego foi a Centro-Oeste, com acréscimo de 6.809 postos, seguida da Nordeste, com saldo positivo de 372 vagas. Em contrapartida, houve retração nas regiões Norte (-1.024 postos) e Sul (-10.595).

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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