
Ou o Conselho Nacional da Magistratura toma, com mão de ferro, as rédeas do Judiciário em todo o País ou veremos os créditos institucionais desse poder se reduzirem velozmente. Casos como os do Mato Grosso, em que 10 desembargadores permanecem há 6 anos aposentados, compulsoriamente, sem nenhuma condenação penal por desvio de dinheiro do TJ-MT parecem emblemáticos.
A Justiça já consome 1,3% do PIB e só os magistrados levados por força à aposentadoria custam R$16,3 milhões ao País.
Também é emblemático o caso, no qual o CNJ já toma providências, de juízes do Mato Grosso que receberam, por vantagens atrasadas, um envelope de pagamento com cifras de mais de R$500 mil. No Mato Grosso, apenas 67%
No Rio de Janeiro, só para citar um exemplo, dos 861 magistrados, só um ganhou, em 2016, abaixo do teto constitucional de R$ 33.670,00. Não estava entre eles a filha do ministro Fux, nomeada dentro do quinto constitucional para o TJ-RJ, que ganha perto de R$50 mil por mês.
No ano passado, a Corregedoria Nacional de Justiça criou um grupo de trabalho para analisar os salários e outras vantagens dos magistrados de primeiro e segundo graus. A comissão é composta por cinco juízes e conta com o apoio de servidores do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
A ação desses 5 juízes corre em segredo de Justiça e provavelmente não se saberá o seu resultado.
