
Ao menos é o que dizem os meteorologistas. Chove no final de novembro, portanto daqui a 45 dias, mas chuva firme em todo o Oeste só no dia 26 de dezembro. No entanto, isso é a previsão de chuvas para toda uma região, podendo acontecer “mangas” isoladas que beneficiem alguns produtores. Por outro lado, a previsão de chuvas regulares de janeiro a março também não é garantida.
Veja a matéria de Pryscilla Paiva, editora de Tempo do Canal Rural:
No Tocantins, o fim do vazio sanitário acontece no dia 1º de outubro, e, na Bahia, no dia 15. Esse seria o cenário ideal para o início do plantio – só que, normalmente, ele é feito lá para meados de novembro.
Neste ano, por conta do atraso das chuvas, inclusive para o Centro-Oeste do Brasil, os modelos numéricos de previsão do tempo só estão enxergando as primeiras trovoadas lá para meados da segunda quinzena de dezembro, ou seja, no início do verão.
Para parte do oeste da Bahia, como é o caso de Luís Eduardo Magalhães, o alívio chega um pouco antes, lá para o fim de novembro. No entanto, chuvas com volumes diários superiores a 30 milímetros, só a partir do dia 26 de dezembro. “Estamos falando de áreas que não veem chuvas há mais de quatro meses e precisam de uma certa regularidade para reverter o déficit hídrico. Isso não vai acontecer de uma hora para outra”, diz Celso Oliveira, da Somar Meteorologia.
No Matopiba em geral, deverá chover quando aparecerem as estiagens do Sul. Ou seja, a chuva boa para plantio começa em novembro, provavelmente na segunda quinzena, mas a regularidade só será atingida em dezembro. “Mas, por lá, a chuva costuma será irregular. Vai e volta até o fim do ciclo. Precisamos monitorá-los de perto”, alerta Oliveira.
Nos meses de janeiro e fevereiro, as chuvas ficam mais bem distribuídas e regulares pelos estados do Maranhão, Piauí e Tocantins, em função do Oceano Pacífico mais frio que o normal e também devido à posição da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), que é um cinturão de nuvens carregadas que atua na faixa norte do Brasil no início do ano, provocando chuva. Já no oeste da Bahia, as chuvas devem ser mais irregulares principalmente devido à atuação do Vórtice Ciclônico em Altos Níveis (VCAN) da atmosfera.

Deuses da chuva. Sabem tudo.