Seca se prolonga na Argentina e produtor brasileiro pode lucrar com isso

As secas no norte da Argentina se prolongam e as previsões de ocorrência do fenômeno “La Niña” podem trazer secas para as épocas de florescimento e granação. A Argentina produziu quase 50 milhões de toneladas, um recorde, na safra deste ano e a tendência é de redução das colheitas.

É a esperança dos produtores brasileiros. No Oeste baiano a soja que já atingiu cotações de US$15 o bushel e mais de R$80,00 no balcão de compras, agora amarga 25% menos, com cotações de R$61,00.

Segundo o Canal Rural, os produtores esperavam 110 milhões de toneladas de grãos e oleaginosas, mas meta não deve ser atingida se não chover nos próximos dias no país. A FAA – Federação Argentina de Agricultura compara a seca atual à de 2008, que provocou perdas de 35,4 milhões de toneladas. A entidade afirma ter perdido cinco milhões de toneladas de milho e cinco milhões de toneladas de soja desde dezembro. Um prejuízo de US$ 3 bilhões. 

A situação é grave em Córdoba, Santa Fe, La Pampa e Buenos Aires, as grandes províncias produtoras. O governo ainda não reviu suas estimativas para a safra. Enquanto isso, os agricultores pedem ajuda oficial e eliminação de impostos para exportações. 

Além da seca, a FAA afirmou em comunicado à imprensa que os produtores enfrentam muitos problemas, como “os aumentos das taxas municipais e as enormes dificuldades ocasionadas pelas travas às exportações e o sistema distorcido dos preços impostos pelo governo”. Em nota, o governo argentino disse que uma equipe de técnicos está monitorando a situação climática e o resultado final sobre a safra vai depender do que foi semeado, do tipo de solo e de seu perfil hídrico. 

Brasil

 No Rio Grande do Sul, a estiagem de mais de dois meses levou 142 municípios a decretarem situação de emergência. As regiões mais castigadas são o centro, o norte e o noroeste. O prejuízo com perdas nas lavouras de milho, feijão e soja era calculado em R$ 877 milhões na semana passada, quando foi feito o último levantamento. 

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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