Etanol de milho pode ser a salvação da lavoura e da indústria

]Os brasileiros estão descobrindo o que os norte-americanos já sabem há muito tempo: a obtenção de etanol do milho é mais rentável, por vários motivos. Primeiro que o milho produz 410 litros em uma tonelada (os agricultores estão colhendo 10 toneladas por hectare), o que resultaria em até 4.000 litros por hectare. A cana tende a produzir mais de 7.000 litros por hectare, mas o custo é dobrado e o ciclo da lavoura muito longo (até um ano e meio).

Tem mais: a fermentação do milho deixa um resíduo chamado DDG, um concentrado proteico que pode ser uma alternativa economicamente viável para a alimentação animal nas regiões em que o milho apresenta preços baixos.

Analistas da conjuntura lavoura/indústria do etanol acreditam que a produção do álcool de milho pode atingir uma proporção de 60% do mercado para 40% de cana, em usinas flex, capazes de moer e fermentar os dois produtos.

O milho, além de ser importante no País como o principal fornecedor de energéticos para as cadeias do frango, do boi e do porco, também tem relevância no aspecto sanitário das lavouras de soja, como principal rotação de culturas.

O plantio do milho em safrinha ou como primeira lavoura interrompe o ciclo de insetos, fungos, vírus, bactérias e principalmente de nematoides, vermes de solo, microscópicos, altamente limitantes de produção da soja. Além disso, fornece excelente volume de palhada para o próximo plantio direto.

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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