O dragão da cobiça estatal ameaça acabar com o agronegócio

Os produtores rurais de todo o País terão, em 2018, um difícil aprendizado: amestrar dois dragões que ameaçam incendiar o agronegócio e liquidar lavoura e pecuária a golpes de cauda.

O primeiro deles, o dragão do Funrural, cujo passivo pesa como uma espada sobre a cabeça do agronegócio, acrescido agora da obrigatoriedade de pagar 1,2% – nova alíquota – sobre tudo que sai pela porteira da fazenda.

O outro: a anulação da Lei Kandir, que isenta atualmente os produtores sobre o produto exportado. O que se pensa sobre a alíquota da Lei Kandir é 18%, isto em um negócio que trabalha com margens estreitas, menores que 10%.

Nos estados do Centro-Oeste essa margem praticamente deixou de existir, com a queda dos preços internacionais em até 25% e a distância para os portos.

A administração fazendária dos estados quer a extinção da Lei Kandir para resolver os seus problemas de caixa. Mas ainda não entendeu que quebrando a lavoura quebra também o setor de comércio e serviços, que trazem a principal renda aos cofres públicos.

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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