O petróleo, a “ameaça comunista” e eles, sempre os mesmos, tomando conta do ouro negro

Até 1953, a Inglaterra ficava com 90% do faturamento do petróleo no Irã. Depois de anos buscando um acordo mais justo, tipo 50%-50%, um político iraniano democraticamente eleito, Mohammed Mossadegh nacionalizou a porra toda.

A Inglaterra pediu ajuda aos EUA usando as palavras mágicas: “ameaça comunista”. De novo essa conversa mole. O Irã nacionaliza o petróleo iraniano e isso chega na City of London e Wall Street como “ameaça comunista”. Os dois aliados deram mais um golpe de Estado para lista, colocaram um Rei/ditador pilantra e sanguinário no poder, o Xá Reza Pahlevi, e mamaram petróleo barato direto do solo iraniano. Essa moleza só terminou quando o Aiatolá Khomeini passou o cerol em geral na Revolução Iraniana em 1979.

Até então os EUA eram um país admirado pelo Irã, só os britânicos tinham o filme queimado.

Processo parecido aconteceu na Indonésia quando o presidente Sukarno nacionalizou o petróleo, foi chamado de comunista, derrubado pela Holanda, França, EUA e Inglaterra, que colocaram um ditador chamado Suharto no poder e este por sua vez promoveu um genocídio de meio milhão de pessoas em poucos meses.

E só para lembrar, a Venezuela tem a maior reserva de petróleo do mundo… daí vocês já imaginam quais são os interesses internacionais para aquele país.
O recente golpe parlamentar no Brasil, patrocinado pelos Estados Unidos, teve também como principal objetivo a usurpação do nosso Petróleo, especialmente o petróleo do pré-sal. Como desculpa, a corrupção e os comunistas do PT.

Então, da próxima vez que você se perguntar: “nossa, de onde vem essa raiva toda?”, não é raiva, é apenas noção de que esses interesses econômicos se repetem. Lembrem-se disso e do pensamento do liberal Mises, que anda bastante em voga na cabeça dos brasileiros (menos Marx, mais Mises, lembra?), que dizia que a democracia popular é a maior ameaça ao capitalismo e que o fascismo salvou a civilização europeia.

E para manter uma nação submissa e colonizada, além de saquear suas riquezas, é necessário impedir o seu desenvolvimento intelectual e Cultural.

Veja o que está acontecendo no Brasil em nosso sistema educacional, especialmente com as Universidades e com os Institutos de Pesquisa.

*O texto acima é atribuído a Luiz Condessa, advogado e político paranaense.

O que o douto operador do Direito não lembrou no texto, mas também é verdade, é o fato dos EUA financiarem os iraquianos na longa, violenta e sanguinária guerra Irã x Iraque, durante 10 anos, fornecendo armamentos, cerca de 1.200 aviões de caça e ataque ao solo, mísseis, canhões, tanques e inclusive gás mostarda, com os quais os curdos iraquianos foram bombardeados a partir de aviões Tucano T27 da Embraer.

O Brasil foi muito beneficiado como País alinhado aos EUA. Vendeu de uma tacada 100.000 VW Passat, construiu grandes estradas, aeroportos e outras grandes obras de infraestrutura. Só em 91, com a erupção do ataque de Bush Pai os brasileiros se retiraram.

Os ianques criaram uma nação iraquiana tão forte, em termos militares, que precisaram de duas guerras para conseguir enforcar o títere Sadam Hussein, então revoltado com seus patrões a ponto de invadir a “joia” do Golfo Pérsico, o Kuwait, cujo petróleo, que aflora nas areias, é controlado por norte-americanos e britânicos.

Veja abaixo um vídeo de Hoje no Mundo Militar, em que toda a história é descrita com base na versão ocidental.

 

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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