A sentença do TRF-4 pretendeu matar o PT e o seu candidato Lula da Silva

Fernando Limongi, professor da USP, em artigo, sereno e equilibrado, hoje, no Valor Econômico:

O sistema de Justiça ainda não forneceu provas contundentes de que é, de fato, um ator politicamente neutro, que a responsabilidade pela “corrupção sistêmica” não recairá nas costas de Lula e de sua candidatura.

De concreto, a decisão do TRF-4 só contribui para lançar suspeições, fundadas ou não, sobre o processo eleitoral.

É duvidoso que a sentença contribua para aumentar a confiança na Justiça.

Todos sabem com quem, sobre o quê e a que horas o atual presidente da República conversa sobre o que quer ver mantido.

Os advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva impetraram nesta terça-feira um habeas corpus preventivo no Superior Tribunal de Justiça (STJ) contra a decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) de que a pena de 12 anos e um mês de prisão a que ele foi condenado no tribunal comece a ser cumprida assim que se esgotem as possibilidades de recurso ao próprio TRF4. O recurso da defesa do petista, que tem 59 páginas, foi direcionado ao ministro Humberto Martins, vice-presidente do STJ.

A defesa de Lula classifica o entendimento dos desembargadores João Pedro Gebran Neto, Leandro Paulsen e Victor dos Santos Laus como “ilegal” e “inconstitucional”. Conforme o atual entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), no entanto, as penas impostas aos réus podem ser executadas, ou seja, pode haver prisão, a partir de condenação em segunda instância, como é o caso do petista.

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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