A reação à caravana de Lula foi produtiva para a direita gaúcha?

Eduardo Leite (PSDB), Jairo Jorge (PDT), Miguel Rossetto (PT) e Mateus Bandeira (Novo) são os pré-candidatos mais ativos ao Governo do Estado do Rio Grande do Sul. Depois da conturbada passagem de Lula da Silva pelo Estado, com a caravana acossada por pedradas e agressões aos manifestantes do MST, repudiada até pelos jornalistas mais à direita, faço duas apostas:

A primeira: Lula, se perder no Rio Grande, perde por muito pouco, mas arrasta o candidato petista para um virtual segundo turno, com chances de vitória. A polarização com as grandes massas de desgarrados nas cidades e no campo só fortalece a votação em candidatos de esquerda.

A segunda: Ana Amélia de Lemos, a senadora, terá dificuldades de repetir o seu mandato, depois de elogiar os açoitadores e apedrejadores da caminhada de Lula.

Gaúcho tem horror a totalitarismo, seja de que bandeira for. Os 10 anos do mando de Júlio de Castilhos e os 15 anos de Borges de Medeiros foram suficientes para os sulistas. Tanto que, por tantas vezes, não elegem um governador em segundo mandato, desde que isso foi permitido, a partir de 1998.

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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