Soja segue em alta lenta e gradual em todos os vencimentos

A soja abriu no mercado de Chicago com altas significativas em todos os vencimentos. No Oeste baiano a soja balcão está sendo negociada a R$65,00 a saca de 60 quilos. Se as chuvas permitirem, em uma semana estaremos no auge da colheita, a qual deve se estender até o final de abril.

Segundo o Canal Rural, além do confronto comercial China x Estados Unidos, as chuvas na Argentina ou a falta delas continuam a influenciar as cotações internacionais:

  • As chuvas dos últimos 10 dias na Argentina ajudaram a aliviar parte dos problemas de umidade nas lavouras da província de Buenos Aires, mas não atingiram de forma ampla as províncias de Santa Fé e Córdoba. A situação argentina continua muito ruim e as previsões para as próximas duas semanas não são boas;
  • Os mapas apontam para chuvas pouco volumosas em Buenos Aires e praticamente nenhuma umidade em Santa Fé e em Córdoba nos próximos 14 dias, o que deve agravar as condições das lavouras da chamada “zona núcleo”;
  • As perdas de produção na Argentina devem superar 10 milhões de toneladas, e embora boa parte dessas perdas já esteja precificada em Chicago, o mercado deve continuar encontrando algum suporte neste fator;
  • A entrada da supersafra brasileira começa a chamar a atenção de Chicago, com os players entendendo que parte das perdas argentinas poderá ser compensada por uma produção recorde no Brasil;
  • Outro fator que começa a pesar em Chicago é a previsão de aumento de área de soja nos Estados Unidos na nova temporada. O relatório do USDA do dia 29 de março deve confirmar a maior área a ser semeada com soja na história dos EUA, superando o milho;
  • O último fator de atenção do mercado, mas talvez o mais importante deste momento, é o aumento das tensões envolvendo a guerra comercial entre EUA e China nos últimos dias, que deve continuar mexendo com o mercado.
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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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