Há 54 anos, a invasão que não aconteceu e o golpe repetido em 2015

A Operação Brother Sam foi desencadeada pelo governo dos Estados Unidos, sob a ordem de apoiar o golpe de 1964 caso houvesse algum imprevisto ou reação por parte dos militares que apoiavam João Goulart (Jango), consistindo de toda a força militar da Frota do Caribe, liderada por um porta-aviões da classe Forrestal da Marinha dos Estados Unidos e outro de menor porte, além de todas as belonaves de apoio requeridas a uma invasão rápida do Brasil pelas forças armadas americanas.

Até navios tanque, com gasolina, os ianques trouxeram. Os tanques brasileiros, umas velharias da II Guerra Mundial, eram movidos por motores radiais a gasolina, semelhantes aos dos aviões.

O plano de invasão foi mantido em segredo até ser revelado em 1976 pelo jornalista Marcos Sá Corrêa, do “Jornal do Brasil”, que teve acesso a documentos do Departamento de Estado dos EUA.

O movimento de contra-golpe terminou quando o Comandante do poderoso III Exército, com sede em Porto Alegre, negou apoio a Jango e aconselhou o exílio.

Em 1962, Jango havia sancionado a Lei da Remessa de Lucros, que limitava o envio anual das empresas estrangeiras para o exterior, a título de lucro, a no máximo 10% do capital trazido para o Brasil como investimento. Estava decretado o golpe, sustentando pelos militares “nacionalistas de araque”.

E o Globo, ainda um acanhado jornal, iniciava o convencimento nacional de que tudo não passava de uma revolução “redentora”.

Em 2015, a presidente eleita, Dilma Rousseff nega a alteração do sistema de partilha do petróleo do pré-sal.

Joe Binden, o vice-presidente norte-americano, volta de mãos vazias para os Estados Unidos. Pronto, estava decretado o segundo golpe em 50 anos. De novo, os interesses estrangeiros estavam no patrocínio de tudo.

Com dados do Fatos Nacionais no twitter.

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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