
Com a possibilidade de o PP apoiar o PDT, o pré-candidato ao Palácio do Planalto Ciro Gomes passou a avaliar o nome do presidente da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), Benjamin Steinbruch, para o posto de vice em sua chapa.
Em abril, Steinbruch, que é colunista da Folha de S. Paulo e um dos interlocutores de Ciro no meio empresarial, se filiou ao PP. A entrada no partido foi mantida em segredo. Segundo um amigo do empresário, ele nunca descartou a possibilidade de se aventurar no meio político.
A imagem do empresário reforça o discurso econômico de Ciro, que adota defesa da indústria nacional em detrimento do mercado financeiro.
Em conversas reservadas, o presidente nacional do PP, Ciro Nogueira, já disse que não teria resistências em apoiar o PDT. Ele sabe que um acordo com a centro-esquerda ajudaria sua reeleição ao cargo de senador pelo Piauí.
Os dois partidos, contudo, ainda não tiveram uma conversa oficial sobre o tema, apenas contatos informais. Neste momento, o PDT tem priorizado acordos com siglas do campo da esquerda, como PT, PSB e PCdoB. Em uma segunda fase, pretende se aproximar do PP e do PR.
O primeiro nome pensado por Ciro para o posto de vice foi o do presidente da Coteminas, Josué Alencar, que está filiado ao PR. Mas ele tem afirmado que, provavelmente, não será candidato neste ano.
A ideia inicial de Josué era ser companheiro de chapa em uma eventual candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso em abril. Com informações da Folhapress.
Sei não! Se Ciro cooptar o PP, vai perder na outra ponta, com PCdoB, PSB e correntes do PT. Ciro já é mal visto pelo núcleo duro do PT.
Aliar-se a um partido de direita, pode não ser produtivo, mesmo que esteja entre os três com maior representatividade no Congresso.
A aliança PT-PP por enquanto dá certo na Bahia, mas isso não significa que dê certo no resto do País.
