Se quer sentir a força da palavra patético é só dar uma olhada, nas mídias sociais, na defesa que o deputado Jair Bolsonaro está fazendo, frente à revelação de relatório da CIA sobre execuções autorizadas pelo Palácio do Planalto no Governo Geisel.
“Bolsonada” classificou as execuções como “tapinhas na bunda de um filho teimoso”.
A Folha fez um relato da situação:
“O documento foi tornado público, com exceção de dois parágrafos ainda tarjados, em 2015 pelo governo dos Estados Unidos. O professor de relações internacionais na FGV (Fundação Getulio Vargas), Matias Spektor, qualificou o papel como o documento mais perturbador que já leu em 20 anos de pesquisa.
“Não se sabia que o Geisel havia chamado para o Palácio do Planalto a responsabilidade sobre a decisão das execuções sumárias. A cúpula do governo não só sabia como chamou para si a responsabilidade. Isso é que tão impressionante, chocante”, disse.
Em nota, o Comando do Exército informou que os documentos sigilosos relativos ao período em questão e que “eventualmente pudessem comprovar a veracidade dos fatos narrados foram destruídos, de acordo com as normas existentes à época –Regulamento para Salvaguarda de Assuntos Sigilosos (RSAS)– em suas diferentes edições”.

