Governo Temer, mesmo esfacelado, ainda resiste.

Brasília, o maior hub doméstico do País, também praticamente parou por falta de querojato.

Veja o informe da Agência Brasil:

O governador de São Paulo, Márcio França (PSB), afirmou em entrevista à imprensa que o governo federal concordou em diminuir o preço do litro de óleo diesel em R$ 0,46 na bomba, mas não autoriza que o desconto seja válido por 60 dias. O governo federal concordou, segundo França, em eliminar a cobrança do pedágio para os eixos suspensos dos caminhões em todo o país. Isso será feito ainda hoje por meio de medida provisória em edição extra no Diário Oficial da União.

De acordo com o governador, isso não foi suficiente para assegurar o fim imediato da paralisação. Os caminhoneiros preferiram não se desmobilizar até quinta-feira (31). Em São Paulo, os pontos de bloqueio caíram de 220 para 32.

“Aguardamos que o presidente da República consiga equacionar isso”, disse França, após ter conversado com o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, que está em Brasília. O Palácio do Planalto, onde o gabinete de crise está reunido desde o início da manhã, ainda não se pronunciou sobre o anúncio feito pelo governador de São Paulo. Márcio França admitiu que o governo federal tem dificuldades legais e financeiras para solucionar o impasse. Ele pediu ainda que o Congresso Nacional vote os projetos pendentes sobre valor mínimo do frete e a Lei Geral dos Transportes.

O aeroporto de Brasília esgotou, no final da tarde, todas as reservas de querojato, o querosene de aviação. Um comboio que se desloca de Belo Horizonte para Brasília e chegará de madrugada abastecerá a Base Aérea de Brasília.

Outro comboio de 14 caminhões tanques nove eixos (rodo trem) se deslocou pela manhã para BH e deve retornar amanhã, com algo em torno de 740.000 litros de querosene, desta vez para o aeroporto civil. Enquanto isso, perto de 100 pousos e decolagens foram suspensos no maior hub doméstico do País.

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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